Crônica: O que Ficará para a Posterioridade ?





Cada um de nós quer deixar algo para as próximas gerações. Seja para seus amigos mais chegados, os familiares, filhos e assim por diante. Queremos imprimir algo que nos faça nos tornar eternos, nos deixe um pouquinho mais aqui na terra quando já tenhamos partido.

Temos diversos rituais de passagem para isso, uns querem deixar uma árvore plantada. Outros acham que o que os imortalizará são os legados materiais deixados. Outros acham que publicações serão a melhor forma de gerar impressões digitais. Cada um do seu modo quer se agarrar em tudo o que pode se imaginar para tentar em vão imprimir algo que lhe deixe um pouco mais imortais. Só que são apenas restos mortais e principalmente materiais que um dia assim como o tempo, se puirá. Afinal os livros podem ficar mofados, as árvores por ventura podem ser cortadas ou caírem de velhas, os objetos materiais podem ser vendidos ou perdidos.

O que não pode ser esquecido, o que nos deixam com certeza um pouco mais perto de sermos imortais são os nossos exemplos. Os sentimentos que despertamos nos outros a medida que vamos tocando as suas vidas. As histórias que contamos, a forma como narramos as nossas aventuras cotidianas, os nossos gestos que podem ter mudado o curso de uma história. O amor que passamos para o outro, a bondade que semeamos em nossas ações, a nossa determinação em nos tornamos melhores a cada dia e com certeza o que sempre restará é o amor de que nos amou e irá sempre nos amar.

Afinal os sentimentos, estes sim se tornam eternos mesmo quando é chegada a hora de partimos. Por isso, insisto que levemos uma vida de coragem absurdas, de sonhos sonhados e concretizados, mas principalmente que sejamos abarrotados de bons sentimentos e boas ações; Afinal de nada valerá uma vida vivida de insanidades, maus exemplos e principalmente uma jornada, onde apenas deixamos sentimentos ruins por onde quer que tenhamos passado. Preciso deixar legados em que os outros ao lembrarem da gente, tenham o seu coração transbordado de uma saudade, do amor que nos dedicamos, da forma como zelamos pelo bem estar do outro, pelos nossos gestos de compaixão e com certeza pelo nosso espirito de humildade.

Que a gente até plante uma árvore, escreva um livro, tenha uma coleção de bens para serem passados adiante, mas que isso não seja fundamental. Que a gente se recorde que o que ficará para a posterioridade é o amor de quem se ama.

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