Que Mal eu Fiz a Deus?
Hoje
tenho uma mega dica de filme. Adoro filmes franceses de um modo geral, mais
ainda as comédias. Gosto de filmes com
contextos simples, mas que abordam temas profundos e universais. Que Mal eu Fiz
a Deus é uma comédia que nos faz repensar sobre os nossos próprios valores
éticos e culturais. Também nos remonta
as nossas famílias, os nossos hábitos, crenças, religião. Faz a gente refletir de
onde viemos que costumes ainda nós temos e de que forma contribuímos ou não
para aumentar os pré-conceitos e preconceitos.
Claude
e Marie não um casal que vivem no interior da França. São um casal tradicional,
católicas e um tanto conservadores. São pais de Quatro filhas: Isabelle, Odie,
Ségolene e Laure. Tudo o que eles mais
almejavam em suas vidas parece ir água abaixo quando suas filhas mais velhas
decidem se casar. Cada um escolhe uma etnia diferente: um empresário de origem
judaica, um advogado de origem angelina e um gestor chinês. Cada um com seus hábitos alimentares,
religiosos e ideológicos. A cena inicial
do filme começa com um jantar, onde todos parecem estar pisando em ovos já que
qualquer comentário pode soar como uma ameça.
Com isso, a confusão e os mal entendidos rolam soltos, o jantar acaba em
frangalhos, cada um indo para um lado, sem conseguirem conversar. Os pais
retornam ao interior da França a fim de
que possam ficar um tempo longe de suas filhas, deixarem que elas toquem suas
vidas, mas a saudade e a distância vai aos pouco os torturando.
Para
tentar selar a paz entre as diferenças raças se propõe um Natal em
família. A mãe compra um frango
preparado em diferentes culturas: judaica, chinesa e angelina a fim de tentar
agradar a todos. O mais improvável acontece,
quando todos se reúnem e acabam de fato a se divertindo juntos a ponto de cada
um provar a comida um do outro. Fora isso, parecem estar mais confortáveis e
mais flexíveis para aceitar as diferenças ideologias Regado de cenas cômicas, o
espectador irá ter crises de risos, muitas vezes remontando as suas próprias
lembranças familiares. Tudo parece bem, até que
Lauren, a filha mais nova, anuncia que irá casar. Desta vez para alívio
dos pais, um católico finalmente irá entrar na família. Mas quem será Charles? De onde ele vem?
O
noivo da filha é de origem africana, pondo em choque e também em cheque todos
os valores familiares. Só que dessa vez a família de Charles, também parece ser
contra o casamento, principalmente o pai. Já que eles gostariam que o filho se
casasse com alguém da África que tivesse os mesmos costumes. Pronto, está dada
a largada para todas as confusões que irão envolver a preparação até o finalmente
chegar ao sim do casamento. Você irá se projetar no
filme, lembrar das suas escolhas
amorosas, dos preconceitos e também dos valores de sua família. Cada um tem
seus pontos cegos, seus valores que às vezes acabam por esbarrar r em
preconceitos. Mas se conseguirem driblar isso a fim de dizer de correr atrás da
harmonia e da felicidade, vale a pena. Já que apesar dos pais desejarem algumas
coisas para seus filhos, nem sempre as expectativas se tornam reais. Venho de uma
família de hábitos extremamente italianos e poloneses, vira e mexe ao longo dos
anos convivi com situações engraças. Já que meu avo por ser descendente de
polonês tem suas memórias travadas pelos horrores da Segunda Guerra Mundial,
pode-se dizer que ela tem lá suas reservas com alemães e russos. De vez em quando ela recorda alguma história
por mais que tenha amigos de todas as etnias hoje em dia.
Sempre
seremos guiados e orientados pelos nossos ancestrais. Carregamos dentro de nós
um repertório infinito e também inconsciente de valores, crenças que muitas
vezes nem sabemos de onde vem. Se pesquisarmos nossas origens, fizermos um mapa
de nossa família, iremos até nos surpreender com a história. O que vale a pena
é ir ao cinema sem preconceitos, se deixar levar pelo cômico e comovente relato
de uma família misturada, atravessada por muitos elementos. apesar disso no
fundo é como todas as famílias uma deliciosa bagunça.
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