Top Five Rock in Rio 2015



Top Five Rock in Rio 2015

TOP FIVE ROCK IN RIO 2015

Oi Pessoal,
Tudo bem com vocês?
Resolvi eleger os meu Top Five de cinco shows e artistas dos quais mais gostei durante o Rock In Rio 2015. Vamos conferir e opinar?


1. Queen + Adam Lambert

Na primeira noite do festival as expectativas eram altas para saber se o escolhido para representar os vocais de uma das bandas de maior influência mundial do rock  iria fazer jus ao nome.  Complexo e complicado substituir o insubstituível e lendário Freddie Mercury, mas Adam Lambert trouxe a sua auteticidade, talento, potencial vocal e carisma. Sem querer imitar e sim prestar uma extraordinária homenagem a fim de  acender as músicas do Queen. Um show espetacular para ser visto e revisto muitas vezes, amei.

2.  System  of a Down

Poucas bandas conquistam tantos fãs ao longo do planeta mesmo com seu último álbum lançado há uma década. Seja pelas letras contundentes, a mistura de hip hop, rock do leste europeu e os vocais afinados, seja pelo conjunto da obra tudo  repercute em talento e originalidade.  Presença de palco, sintonia entre os participantes, comoção e comunicação com a plateia fazem que eles sempre sejam bem-vindos por onde passem e continuem sempre arrancado mais fãs e aplausos. Sou fã desde que a banda surgiu e posso dizer que Hypnotize e Lonely day sempre me levam ao arrepiar de pelos e as lágrimas por mais que já tenha escutado infinitas vezes, a emoção sempre é a mesma.

3.Rod Stewart

Uma grata surpresa  neste Rock in Rio  foi a ilustre presença de um cantor que admiro desde muito tempo e sempre presenciar uma apresentação ao vivo. Adorei a forma como ele se manteve bem  e cativante ao longo do espetáculo, trazendo muita cultura com diferentes instrumentos musicais, contato com o público, participação de quem os assistia e um repertório que se perpetua pelo tempo. Pode ser que músicas românticas sejam sempre a fruta da estação, ou pode ser que ele consiga arrancar lágrimas e suspiros até das pessoas menos melódicas como eu.

4. Metaliica

Não teria como não citar o heavy metal, as letras marcantes e sempre atuais e o talento e extrordinário do Metallica.  Sempre bom vé-los ao vivo, sentir a sua empolgação e sintonia com o público e a forma como eles interagem entre si. Um show com repertório bacana, ótimas apresentações  e o som de sempre impecável e original.

5.  Katy Perry

Pode ser que seja muitas fantasias, muitas brincadeiras, muitos cenários, muitas cores em neon e pode até ser que não seja a melhor performance musical.  Mas o seu carisma, a sua simpatia, a sua performance nos palcos e o seu carinho com o o público são inegáveis.   Katy Perry me acompanha há muito tempo, o seu playlist é como uma narrativa das minha aventuras e desaventuras ao longo dos anos, pode ser que isso contamine um pouco e faça que ela esteja no meu Top Five. Amei o show, chorei em muitos momentos e sacudi o meu esqueleto. Vou contar um segredo entrei na minha festa de formatura com Waking Up in Las  Vegas!!

O que não curti do Rock in Rio

  1. Poucas novidades em termos de artistas, repetiram muitas apresentações de 2011.
  2. Performance da Rihanna.
  3. Volta do A- Ha.
  4. Atrasos de algumas atrações.
  5. Pouco rock brasileiro, poderiam ter priorizado mais o que vem do Brasil e não tanto algumas atrações que já se perderam um pouco,









            Crônica:Mural para a Eternidade



            Mural paras a Eternidade

            Estava zapeando os canais na sexta-feira, quando me dei conta que o Rock in Rio estava começando. De repente me deparo com uma extraordinária e contundente homenagem a nossa eterna Cássia Eller. Durante toda a minha infância e adolescência fui ficando órfão de ídolos.
            Primeiro foi o Cazuza, era pequena demais para entender a sua partida, porém percebi sua falta.  Sempre me identifiquei com sua forma descarada, exagerada e explicita de falar de amor. Muito do que escrevi ao longo dos anos, teve influência dele, adoro o seu jeito irreverente de falar a respeito de tudo e principalmente o jeito de expor qualquer opinião sem perder a elegância. Poeta que soube dizer tudo o que pensava a respeito do mundo,  da política, dos seus amores, desafetos sem perder a poesia, a emoção e o ritmo.  
            Em 1996, estava brincando em frente a televisão, meus pais assistiam aoJornal Nacional, quando a morte do líder do Legião Urbana se despedia deixando uma legião de fãs órfãos. Na época não simpatiza com Renato Russoporque ele tinha lançado o seu último CD chamado Equilíbrio Distante em que fez diversas versão de uma cantora chamada Laura Pausini, eu sempre tive um senso de justiça mais apurado, achava que ele tinha roubado as canções dela e considerava isso um ultraje.  Hoje me lembro da minha mãe, tentando em vão me explicar como isos de fato funcionava, mas na época não adiantou.
            No versão de 2001, voltávamos da praia e já em casa, ouvi no rádio em que Cássia Eller tinha nos deixado. No rádio tocada E.C.T e na parte que dizia que " não tem explicação", percebi que sua morte não tinha explicação. Nesta época comecei a perceber que as vidas eram desperdiçadas e jogadas ao vento. Meus pais sempre foram fã de rock, de MPB e dos clássicos, com isso durante toda a gestação fui alimentada com as músicas do Queen.  Não me lembro da morte do Fred Mercury, mas sei 1991 deixou saudades e um enorme silêncio nos palcos.   Tiver mais perdas e mais algumas estrelas passaram a brilhar de uma forma mais intensa, me despedi da Amy Winehouse em 2011, chorei  sem acreditar que um dos meus poetas contemporâneos Chorão havia se despedido e logo depois o seu melhor amigo também.  Vi o meu astro do cinema, que tanto me inspirou, me fez acreditar nos meus sonhos, morrer de depressão, Robin Williams.  Fiquei petrificada ao saber que o melhor papel do coringa tinha sido também o último papel de um grande e jovem talento, Heath Ledger.
            Li a maioria das biografias e noticias que foram saindo sobre cada um deles. Me inteirei com mais afinco por todas as histórias tentando em vão encontrar um porquê que desse sentido em meio a essa babilônia. Fico com um pensamento em mente, eles deixaram não só uma legião de fãs órfãos, muitos deixaram literalmente filhos órfãos, muitos sem a referencia de pai ou de mãe, familiares  e diversas lacunas. O que conforta um pouco é saber que ainda são adorados, são lembrados e são excepcionalmente reverenciados. 
            Assistir ao assistir o Nando Reis que foi um dos melhores amigos de Cássia Eller, prestando uma homenagem emocionante, levando muitos as lágrimas, prova mais uma vez que a partida física é apenas uma parte, os bons que já se foram continuam entre a gente.  Mesmo os fãs que não tiveram oportunidade de conhecer muitos dos astros que citamos,  compartilham de seu talento fazendo que o talento seja desenhado para posteridade.
            Aqui fica a minha homenagem ao Adam Lambert que ao ser convidado a dividir o palco com o Queen em nenhum momento afirmou ser o Fred Mercury. Ele assumiu os palcos, levando a sua presença de palco, o seu carisma e respeito.  Um show emocionante que foi além das expectativas,  Adam sabe que é uma tarefa penosa de substituir  o insubstituível , por isso parece não ter essa percepção e sim acreditar em ser ele mesmo. Levando o seu talento, o seu potencial vocal e sua autenticidade surpreendeu e comoveu durante toda apresentação.  dava para sentir o respeito e a energia dele com os integrantes originais da banda, dava para sentir sintonia e a sincronicidade com o público. Por vezes dava para perceber o quanto o  Fred  estaria orgulhoso e extasiado se estivesse ali.  Um ato de amor, de comoção e principalmente de entrega, afinal se os nossos poetas e lendas nos deixam, temos que continuar mantendo a sua presença através dos tempos e das gerações.
            Se eles partiram por não se adaptarem a loucura  e as exigências da fama. Se foram os vícios, as insanidades do cotidiano, atos desesperados de paixão ou o caos de ser quem eles eram. Isso pouco importa. virou passado para entrar na história.

            Crônica: Regime Emocional

            Regime Emocional






            De uns tempos para cá venho percebendo que estamos vivendo em um regime alimentar.  Vivemos alimentando ressentimentos, mágoas, frustrações e esperamos emagrecer a nossa alma.  Ora, como nos podemos nos tornar  “ leves de alma” se estamos alimentando sentimentos pesados?

            Alimentamo-nos de energias ruins, de sentimentos vazios e esperamos  por um milagre.  Tudo o que fornecemos para alimentar a nossa alma seja bons ou maus sentimentos, será o adubo que irá fazer crescer ou estagnar os nossos hábitos, nossas escolhas, nosso cotidiano e por aí vai. Nós somos os responsáveis por alimentar a nossa alma muitas vezes, culpamos o ambiente, as pessoas ao nosso redor e as situações as quais somos acometidos como os culpados de não estarmos evoluindo ou de  não chegarmos aos nossos objetivos. Por mais que as condições sejam desfavoráveis, tempestades, contratempos, desventuras,  temos dentro da gente todo o potencial, ingredientes para que possamos reverter qualquer situação. Por que isso não acontece?  Se estamos semeando a nossa existência com  mágoas, frustrações, idealizações , tristezas, ansiedades, vai ser  muito complicado adubar algo saudável. Nós somos o que pensamos, nós somos o que alimentamos, nós somos os protagonistas da nossa jornada.  Está na hora de começar a adquirir consciência dos porquês de ainda  estarmos apegados as pedras dos caminho,  afogados em nossas próprias mágoas e estarmos andando em círculos.

            Ventos contrários fazem parte, irão desviar o nosso barco da rota, e mesmo sem remos, mesmo passando por dilúvios, que a gente tenha a capacidade de remar com as mãos, de ir nadando até a margem, ao invés de ficarmos a deriva esperando um milagre. Nós somos como  uma planta, ela precisa de sol, água, vitaminas, nutrientes, cuidados, mas também precisa da chuva, precisa perder as folhas e flores a fim de se regenerar. Assim como ela precisamos tanto das partes boas quanto das ruins, precisamos aprender que a tristeza traz o dom da reflexão, que estar perdido pode ser uma forma de encontro, que dá crise nascem novos sonhos e a cada desencontro a vida se refaz.
            O que acontece é que nos deixamos tomar conta pelas discussões, pelas queixas, pelos palavras malditas, pelos impulsos. O que acontece é que nos deixamos inundar de solidão, de nostalgia, de frustração e ressentimentos. O que acontece é que diariamente alimentando tudo isso, fornecemos o adubo para que isso vá crescendo, tomando forma e se enraizando dentro da gente. Nem percebemos o quanto estamos inundados por sentimentos vazios, repletos de energias negativas que irão apenas nos retroceder a fim que as partes boas pareçam opacas e distantes. Mesmo que elas estejam ali do nosso lado, estamos apenas dando vazão a negatividade, incapazes de alimentar as boas energias.  De repente já virou uma catástrofe de proporções titânicas, estamos cercados por muros que nós mesmos construímos.

            Vamos desocupar e reciclar: mágoas, ressentimentos, discussões e expectativas.  A cada reciclagem de um sentimento ruim, teremos terreno fértil para que bom sentimento possa ser plantado. Pratique a gratidão, o perdão, tente pelos menos imaginar situações positivas em relação a tudo que lhe faz mal de alguma forma. Não é uma tarefa fácil perdoar, muitas vezes dizemos que perdoamos, mas não esquecemos. Talvez esquecer seja a parte mais complexa, mas seja grato por toda e qualquer situação que lhe acontecer, seja ela boa e nem tão boa assim. Afinal um desvio de rota, um desencontro pode lhe abrir os olhos para novas perspectivas. Se estiver complicado esquecer, desvie o pensamento e tente focar nas coisas que realmente são importas, tente filtras as energias ruins e transformá-las em algo produtivo. Um exemplo, uma pessoa que lhe cortou no trânsito, ao invés de revidar, agradeça pelo acidente não provocado por você ter freado o carro a tempo.

            Será que você está de fato alimentando a sua alma com coisas boas? Ou será que você tem o desejo de alimentar bons sentimentos e ainda continua  inundado de sentimentos ruins? Quem sabe está na hora de parar e fazer uma dieta emocional, vamos cortar as mágoas calóricas, os ressentimentos gordurosos, as  brigas pesadas,   a toxicidade das palavras malditas, a artificialidade  das nossas expectativas  os preceitos restritivos. Está mais do que na hora de nos alimentarmos de forma saudável, para isso vamos incluir no nosso cardápio:  alma serena,  consciência leve,  hábitos de gentileza, coração tranquilo, mente mais consciente e uma alma mais propensa a transcender.


            Crônica : Posteridade

            Posteridade



            Hoje o dia amanheceu em um céu de saudade. Pode ser que o sol esteja lá fora, estou percebendo as nuances de laranja brincando entre os lençóis, mas algo faz permanece em tons de preto, branco e cinza.

            De repente, mais uma guerreira se despede deste mundo. Foram três anos lutando contra um câncer, parece mesmo ser o grande mal deste século, vejo pessoas boas enlouquecendo e adoecendo ao meu redor. Betty Lago, apresentadora, atriz, modelo, mãe, mulher e principalmente uma heroína. Durante todo este tempo em que lutou de forma aguerrida contra o que estava a acometendo em nenhum momento perdeu seu bom- humor, a sua feminilidade e nem por um momento entregou os pontos.  Aos sessenta anos, ela se despede desta vida, a doença tomou conta, mas com certeza a sua alma foi em paz.

            Agora entre as estrelas, em algum lugar cativo lá do céu, o seu talento vai continuar a brilhar.  Sempre me lembrarei dela pela sua autenticidade, sua franqueza, seu estilo despojado e  a forma leve como levou a vida. A eterna Natália de Anos Rebeles,  a Abgail de Quatro por Quatro,  a irreverência em seu papel de época na mini série Quinto dos Infernos, sua  personalidade no programa Saía Justa, o seu lado mais íntimo no programa Pirei com Betty Lago, as memoráveis novelas de comédia das sete da TV Globo. Inúmeros papéis, diversas personalidades seja na televisão paga, aberta, no teatro ou nas passarelas, sempre imprimiu o seu jeito de ser. Se há algo que irá ficar para a posteridade é que ela sempre contracenou com os mais diferentes tipos de estereótipos, mas sem perder a sua essência, ou seja, talvez o grande barato de ser um grande ator, é não se perder entre tantos papeis, mas deixar reinar a sua essência por está vastidão de cenas cenários , histórias e estórias.

            Histórias como essa me remontam a minha própria história.  Minha avó por parte de pai,  umas das maiores inspirações. Herdei tantos jeitos dela que as vezes me pego aqui pensando o quanto somos uma soma infinita de tantas pessoa que passam e passarão pela nossa existência.  Minha teimosia, o meu jeito de morder a vida com garra,  a minha cara de pau e até mesmo meu jeito de falar o que vem a minha cabeça. tem tanto da minha avó. As vezes penso que nascemos sem aquele dispositivo que a maioria de nós tem de ter medo de cara feia, de desistir na primeira pedra, acho que temos a coragem de dizer o que pensamos a fim de arcar com qualquer consequência. Voltando ao assunto, se não me perco do contexto, quando nasci ela foi acometida por um câncer de mama, que fez perder um dos seus seios.  Nem por isso perdeu a sua feminilidade, o seu jeito de ser mulher e meu avô nunca  deixou de amá-la exatamente como ela era.  Mais de uma década, lutando contra o que viria levá-la  embora,  claro que antes disso, inúmeros tratamentos tentando em vão vencer o temido destino. O câncer as vezes parece um jogo de cartas marcadas, quanto mais a pessoa tenta usar  estratégias para vencer, ele acaba uma hora ou outra ganhando o jogo.


            Neste meio tempo ganhei mais tempo ao dela, tive mais oportunidades de experienciar  a vida ao seu lado.    Hoje tenho a sorte de ser um repertório de qualidades, alguns defeitos que são tão meus, quanto dela.  Afinal somos um apanho de nostalgias, saudades e matizes.