Crônica: Última Crônica do ano, ACHADOS E PERDIdos


Achados e Perdidos



2017 pode chegar, mas chegue de mansinho,  Não repare no coração partido, nos amores perdidos pelas mancadas. Espero que tenha 365 chances de aprender a não cometer os mesmos erros de novo. Se por acaso cometer os mesmos pecados, seja bonzinho. Me ajude a me tornar uma pessoa melhor a fim de que possa tentar fazer diferente.
2016 veio até aqui me visitar com um tsunami. Virou a minha vida do avesso. Me fez superar o insuperável. Mudei algumas certezas. Desengavetei alguns sonhos.  Parei de escutar alguns medos.  Rompi laços com alguns monstros de estimação. Abracei de verdade os meus maiores desejos. Fui me tornando um pouco mais dona do meu nariz e menos atenta às opiniões ao meu redor. Mudou-se? Com certeza. Aprendi na marra que ninguém morre de coração partido e que solidão não se cura com aspirina. Para um novo amor surgir é preciso nos amar primeiro e dar tempo ao tempo.

Se estou pronta, 2017? Definitivamente não.  Nós somos uma colcha de retalhos. Encontros e desencontros. Pausa e intervalos. Erros e acertos. Brigas e reconciliações. Crises e momentos de descoberta. Achados e perdidos. Só estarei pronta  a medida que o tempo passar. Me tornar mais forte com cada crise, obstáculo e confusão. Aprendi que a beleza da vida é a subida. Cada degrau importa. Porém, não dá para fazer a cabeça de ninguém como degrau para chegar mais longe.
Quero um ano repleto de intensidades. Quero transbordar em cores bonitas.Não quero me contentar com amores em forma de migalha, mentiras sinceras ou aceitar as coisas apenas por conveniência. Quero  continuar inquieta a fim de buscar novos desafios a fim de me ultrapassar. Ser maior do que meus fantasmas de estimação, os monstros do guarda-roupa e qualquer coisa  que possa me tirar a certeza que a estrada vai muito além do se ver.
Quero amar sem medidas. Quero perdoar sem guardar ressentimentos. Quero me entregar sem pensar no depois. Poder ser eu mesma tendo a certeza  de que  o que posso ter de torta, tenho de feliz. O tempero da vida será saboreado a cada instante. As vezes agridoce, as vezes um pouco amargo e até mesmo enjoativo. O que importa é que no final sempre haverá mais motivos para continuar dançando mesmo se a música parar.
Quero a sorte de um amor real.  Poder estar ao lado de alguém com o celular desligado e o coração em sintonia. Quero amizades recheadas  de momentos engraçados, passeios pela cidade e conversas olhos nos olhos.  Quero a sorte de esbarrar em um novo ou requentado amor. Que ele seja feito pão dormido, ou novo em folha. Mas que seja amor mesmo que mude.


Seja bem-vindo 2017. Seja gentil comigo. Deste palco da vida sou apenas uma principiante. Ensaio alguns passos, me perco em alguns espaços e esbarro em alguns abraços. Quero ser protagonista da minha história. Estrelar o filme da minha existência, onde cada ator formará um laço para a eternidade e cada momento será uma constelação de pequenos infinitos.  

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