Diários de Bluu: É preciso aprender ir para reconstruir

É preciso aprender  ir para reconstruir
 



Saudade é algo que nos visita sem hora marcada. Podemos estar no cinema, rodeados por amigos, em qualquer lugar e de repente lá está ela. Uma tristeza que passa a ser bem-vinda. Quando nos damos conta estamos afundando sem estar em pleno alto-mar.

Por que sentimos saudade? No meu caso eu joguei as chaves fora. Fui embora. Dei a última cartada. Desapareci. Fechei a conta. Para depois de algumas semanas estar tomada por uma saudade insana. Daquelas que fazem a gente chorar até na parada de ônibus. Chorei por ele em todos os cantos da cidade. Até as músicas do supermercado faziam lembrar a nossa história.  Nestes momentos parece que o meu cérebro deu um jeito de apagar todos os deslizes e apenas remontar as partes bonitas. Como se tudo aquilo que nos afastou fosse pequeno e totalmente irrelevante.  Foi assim que cometi um dos piores erros de quem se separa. Sabia que tinha um relacionamento ruim. Mas queria me agarrar nas partes boas como boias de salvação.

Oito frustrantes tentativas. Encontros e desencontros. Idas e vindas. Fazer as pazes para cinco minutos depois jogar tudo de volta na cara.  Por que damos novas chances?    Simples achamos que perdoar é algo divino. Que se um relacionamento que passa por tantas turbulências, intervalos e insanidades é sinal que vai durar. Pare. Se eu tivesse  mais amor próprio teria ido embora na primeira recaída. Posso dizer que tem partes boas, mas a solidão, o que fica depois e as novas cicatrizes são muitos piores.  Mas não se desespere. A maioria de nós irá ter recaídas. 

  Superar alguém é parecido como  parar com algum vicio.  Há recaídas, períodos de abstinência , raiva e tantas outras fases. Todas fazem parte e são importantes de serem vividas, não pule estas fases. Mas evite reencontros.

 Seja qual for. Complicado terminar de uma vez só. Acabar um relacionamento não é como tirar um band-aid.  Por mais que possa se tirar rápido, a cicatriz continua ali. Vai continuar  e te visitar muitas e muitas vezes. Por que? Porque somos os amores que vivemos sejam eles duradouros ou efêmeros.  Fazem parte da gente e  formam o que somos. Nem todas os machucados precisam ser ruins, eles também trazem aprendizados.  Talvez a gente só esteja preparado para entender o seu significado com o tempo.

Se ainda sinto saudade? Com certeza.  Esquecer alguém não é um processo rápido e nem fácil. Tem dias que me pego tendo saudade das cosias mais bobas. O sorriso dele se desmanchando ao encontro do meu. As mensagens de bom dia. Uma música. Um lugar.  Pequenos e grandes vestígios de uma história que precisa ficar no passado. Há certas páginas da vida que por mais saudade , precisam serem rasgadas. Por que?  Um amor com prazo de validade vencido. Repleto de mágoas, ressentimentos, rugas não merece o seu tempo. Pelo menos não agora. Por quê? É  precisamos ir para nos aprender de novo. Precisamos nos reconhecer sem o outro. Caminhar por um tempo sozinhos para poder nos refazer.  Reconstruir.


Por mais que haja uma pontinha querendo voltar.  É preciso deixar  ir para poder reconstruir. Não tenha medo da saudade. Ela faz parte é uma forma de amor.  É sinal que você viveu. Se doou. Ainda se importa. Só não se afogue nela sem estar em alto-mar. Enquanto isso a vida segue e há outros sorrisos bobos esperando para serem desmanchados ao encontro do seu.

Diários de Bluu:Padrões



Padrões


Será que todos nós somos guiados por padrões?  Sejam eles estéticos, de estilo de vida entre outros. Detalhes, traços de personalidade,  lembranças  que nos deixam confortáveis.  Literalmente em casa.   Será que perseguimos essa sensação sempre?

 Temos padrões estéticos em relacionamentos. Por mais que não os percebamos. Mas você os persegue por todos os lugares. Duvida? Vamos fazer um teste.  Procure  lembrar das últimas pessoas que você se relacionou,  identifique pontos em comum. Pronto. Lá estarão os padrões.  As pessoas pelas quais você sente atração tem algum ponto em comum. Seja o visual, estilo de vida, traço de personalidade, qualquer coisa que faça que a gente se sentir atraído. Aqui não cabe julgar se são bons ou ruins.   Tenho uma dúvida que não quer calar. Será que é possível sentir atração por um padrão completamente diferente?

Fui testar isso.  Estou solteira há algum tempo. Tenho tido alguns encontros.  Em um deles resolvi dar uma chance para um menino que não seria o meu padrão. Qual é o meu? Este é outro exercício para você fazer.  Não se reprima, não se puna e preste atenção no tipo de pessoa que te atrai. Sem pensar em cor, sexo, certo ou errado e tantos outros julgamentos que fazemos. O meu tipo de cara são os altos, normalmente bem mais do que eu. Gosto me sentir protegida, segura e por algum motivo se o mundo acabar vou ter onde me esconder em segurança. Barba me atraí. O interior das pessoas me conquista mais que a aparência.  Me desmancho por bons papos regados à inteligência. Conversas olhos nos olhos são afrodisíacas. Se vier uma barba, cabelos bagunçados e um estilo de se vestir desgrenhado me conquista. Fujo dos arrumadinhos, engravatados e politicamente corretos. Tenho pavor de moralista de cueca.  E se tiver o ego maior do que a alma pode esperar sentado Este é o meu padrão nada contra quem curte pessoas assim, estou falando do meu gosto.

E ela me vi  em um encontro com um menino totalmente ao avesso do que me atrai. Pensei que dava para forçar a gente gostar.  Tentei até investir em algo totalmente novo e desconhecido.  Só que aí esbarrei em meus próprios preconceitos. Não consigo me sentir confortável ao lado de alguém do meu tamanho. Alguém baixinho como eu  faz eu não me sinta em casa. Me senti estranha.  Fora da minha zona de conforto. Me senti também um ser humano horrível. Eu que prezo também pela diversidade me deixando levar por julgamentos.  Foi  então que me dei conta que todos nós temos padrões que nos fazem ter preconceitos em algumas coisas. Admitir isso nos ajuda a ter mais humildade e saber que somos falíveis. Totalmente humanos. O que me ajudou a entender que por mais que eu seja uma garota interessante, nem todos os meninos vão sentir atração. Por quê? Porque cada pessoa é composta por seus próprios padrões e preconceitos.


E quer saber? Tudo bem. Você não é o padrão de alguns caras. Assim como alguns não são o seu tipo. Isso não é uma regra. Pode ser que este menino fora do meu padrão tivesse outras características que fizeram correr na direção oposta.  Pode ser que outro menino que seja o meu avesso conquiste o meu coração. Mas sempre seremos movidos pelos nossos padrões.  Pequenos ou grandes detalhes que perseguimos para nos sentir a vontade mesmo no escuro. 

Diários de Bluu:Separações, dolorosas, sofridas, necessárias

Separações, dolorosas, sofridas, necessárias




   Toda separação é dolorosa. Não importa se foi um amor de verão  ou algo que beirava o para sempre.  Dói.  No começo é como perder uma parte do corpo.  Você segue vivendo, mas algo simplesmente estilhaçou.  De quebra muitas vezes a pessoa pela qual você ainda continua digerindo o término já te virou a página ( você).

   Deveríamos ter um seguro para coração partido. A cada separação ou uma decepção. Uma indenização. Nos pouparia um pouco da  fossa. Talvez não de algumas noites de insônia. Solidão. Sessões de terapia. Homeopatia. Auto- ajuda. Crer em algo. Cada um tem uma forma de tentar superar. Mas se é tão sofrido por quantas separações um coração pode passar? Será que a medida do tempo melhora? Será que passa a doer menos?  Duvido. Acredito que sempre doa. É um processo sofrido. Seja você que tenha pedido para se separar ou pelo outro que se separou de você. Por mais desalinhos. Brigas desnecessárias. E todas as pequenas grandes coisinhas que fazem um relacionamento  tenha um desfecho. O fim por si só é bem ruim. Mesmo quando as coisas já não estão sincronizadas. Resta esperança. Nos apegamos desesperadamente em alguma coisa. Algo que ainda faça que o outro permaneça.  Por menor que seja. Por mais ridículo que possa parecer. Só que muitas vezes como no meu caso. Ficamos por puro comodismo.

     O que beirou antes do meu fim propriamente dito. Foi pura acomodação. Me acostumei a ter ele por perto. Gostava de acordar ao lado de alguém. Os mesmos passeios. As mesmas conversas. As mesmas brigas. Tudo igual. Nenhuma novidade. Nenhuma surpresa. Como estar preso em um marasmo sem fim. Até que me senti engolida. Sufocada. Precisava sair daquela zona de conforto que me consumia. Por mais dolorido que tenha sido. Posso dizer que fazem seis meses que estou superando. Ele?  Rasgou a nossa página como a velocidade da luz. Resolveu viver sua adolescência perdida. Embarcar em um coração adolescente. Alguém que lhe traga juventude, adrenalina. Pode ser a crise dos trinta ou seria quarenta?. Seja como for a separação leva um tempo. Se separar de alguém por mais acomodado que já estava foi difícil. Havia e talvez haja amor. Assim como há ressentimentos. Pode ser que seja mais fácil se separar de alguém do qual você está desprovido de sentimentos. Mas se separar de alguém pelo qual você lutou com todas as forças para dar certo e continua tendo uma pontinha de afeto é mais complexo. Hoje vejo as fotos dele e não o reconheço. Pior não me reconheço ao lado dele.

    Tudo aquilo pelo qual me apaixonei. Sumiu. Evaporou.  Queria que houvesse um seguro para coração partido. Uma licença por tempo indeterminado para cicatrizar. Mas a vida segue. A gente continua tendo que viver. Trabalhar. Respirar. Comer. Duro pensar que não se morre de coração partido. Mas se fica doente. O corpo dá um jeito de expressar o que a mente já saturou. Se você estiver passando por isso. Um conselho.  Calma na alma. Não apresse. Não se puna. Não se julgue. Chore o que tiver que chorar.  Entrar na fossa de vez em quando faz bem para a saúde.  O tempo é relativo para cada um. Mas o que nos salva é  amor próprio. Invista em você. Não se apresse em conhecer outras pessoas. Não tente desesperadamente repor um amor.  Ninguém repõe ninguém. Se ele fez isso assim como meu ex  fez. Paciência. Cada um tem uma forma de superar. O que posso dizer é que se a separação se fez presente. Por algum motivo neste momento não era o momento de ficarem juntos.  Ponha reticências ao invés de um ponto final. O mundo dá voltas. Talvez daqui um tempo. Com mais maturidade. Com menos ressentimentos. Usando menos mágoas e mecanismos de defesa. Vocês possam se encontrar. Mas não se apegue nisso. Não viva de utopias.  Vire a página dele por um tempo e vá viver a sua vida.

    Acompanhada ou sozinha. Ficando com vários ou investindo em novos projetos. Nunca se prive do amor próprio, das amizades e do outro dia. 

Diários de Bluu:Ervilhas



Ervilhas

Não gosto tanto assim de ervilhas. O que ervilhas têm haver com relacionamentos? Estou falando de relações longas. Daquelas pelas quais a pessoa escolhida já nos viu  com nosso pior humor, roupa e cabelo.

A pessoa já se acostumou com seu pijama de flanela confortável.  A cara lavada livre de maquiagem. O cabelo oleoso preso em um coque. A pior resseca.  Já viu você caindo tombos. Já o juntou do chão em momentos constrangedores. Tantos outros episódios inusitados que se tornam pequenos a medida que a intimidade se constrói.

 Muitas vezes dormir de conchinha era o melhor programa para um sábado à noite. Você já o viu usando a cueca furada de super-herói. Não se importa o quanto ele  respingue de suor encima de você ao fazer amor. Já presenciou algumas esquisitices. E tudo bem isso se chama intimidade.  À medida que os anos vão passando vocês se tornam cada vez mais próximos. Compartilham o mesmo lado do sofá. Acompanham a mesma série.  Passam a torcer pelas mesmas coisas.

Como tudo na vida há um lado  não tão bom. Vocês se deixam de lado.  Passam a se preocupar menos com aparência e dão valor total a essência.  Engordam juntos. Se desleixam juntos. Para que um dia o fim se aproxime. Ele pode vir sorrateiramente. Pode pegar vocês de surpresa.  As vezes não percebemos que o amor não está sendo mais sendo servido. Outras vezes ele esfriou diante dos nossos olhos. Uma amizade se faz mais presente do que uma vontade insana de agir como casal. E quando se dão conta. O fim. E de repente. Ervilhas. Sim as temidas ervilhas.

Explico.  Quando relacionamentos chegam ao fim cada parte tem sua própria forma de seguir em frente ou tentar. De repente você era aquela velha lata de ervilha amassada na prateleira na existência dele. Ele já conhecia o sabor, a textura, os gostos, os chiliques, os bons e maus momentos. Ele sabe de cor todas as suas versões. Afinal anos de convivência fazem que o outro se torne como uma parte do corpo. O rompimento  quando vem acompanhado por uma troca. Nos sentimos. Amputados. Dilacerados. Sem chão. Meu mundo caiu ao ver que você me trocou por uma lata de ervilha nova em folha. Nenhum amassado.  Nada de ressentimentos. Nenhum defeito ainda desvendado. Alguém mais magro, mais interessante e quem sabe até mais desejante.


Será que somos apenas latas de ervilha esquecidas em alguma prateleira? Será que gritamos por resgate ou viramos a página?

Diários de Bluu: Novos Ares, recomeçar

Depois de uma semana regada à fossa, caminhadas e pensamentos  a respeito de você e seu novo par. Resolvi dar um pontapé na tristeza.  Será que todos nós precisamos levar um tapa na cara? Tomar um choque de realidade para sair da zona de conforto?

Poderia passar mais alguns dias me pondo para baixo. Mas me dei o prazo de uma semana. Chorei em frente ao mar. Mandei indiretas com músicas no facebook. Escrevi e-mails. Pronto. Vai passar.  Só mais alguns dias. Passou. Preciso olhar para fora. Há muita estrada para percorrer.  Não é o final do túnel. Só o tempo irá dizer qual será o desfecho do novo romance do meu ex. Se irá vingar ou não. Mas isso não pertence. Não mais. No meu caso é hora de seguir em frente. Bloquear qualquer tipo de contato. Evitar recaídas. Baixei um aplicativo. Destes que rastreia pessoas no caso garotos que estão solteiros ou disponíveis pela região. Nunca fui muito fã disso. Mas não tenho nada a perder.  Algumas mensagens trocadas.  Informações compartilhadas. Interesse mútuo. Encontro marcado.

O primeiro encontro depois da  tantas idas e vindas. Quantas bobagens passam pela nossa cabeça antes de fato aceitar um convite para conhecer alguém? O velho e conhecido medo da rejeição.  De ser deixada esperando.  De levar um fora. Da pessoa não ir. De não ser compatível. No meu caso sou obcecada pelo meu peso. Por mais que me esforce é complicado manter os ponteiros da balança parados. Estou lutando veemente para ficar melhor.   Mas na realidade o que sempre penso é que  a pessoa que irá sair analisar a minha aparência. Tolice a minha. Eu fã de personalidades, boa conversa e essência. Me deixo levar pelo meu medo de estar sempre acima do peso. Como se fosse apenas os algarismos da balança Mas no meu caso me preocupo com a imagem que passo. Troco de roupas muitas vezes.  Bate um pouco a ansiedade.  Carregamos alguns fantasmas na nossa bolsa de mão. O meu é a minha autoestima que de auto é só o nome mesmo. A coitada tem seus altos e baixos e acaba me sabotando. Decidi que hoje iria ser diferente.

Estava em um ótimo dia para conhecer alguém.  E quem diria que seria um cara lindo. Digo tanto de essência quanto de aparência.  Foi reciproco. Precisava sair com alguém. Dar um up no meu humor. Varrer as histórias antigas. Recomeçar. Pode ser que tenha sido um beijo apenas. Um primeiro e bom encontro.  O que importa não é o desenrolar. Se terá futuro.  Se iremos ficar noivos em Paris ou se ele irá partir o meu coração já tão partido. Queria me sentir viva. Atraente. Desejável. Capaz de sentir atração por outras pessoas. Me sentir inteira.  Acredito que virar a página leva tempo. Este não é medido pelos ponteiros do relógio.  É interno. Particular.  O meu é encarar cada dia aos poucos. Me permitir sentir o que tiver que ser sentido. Saudade. Medo. Confusão. Raiva.  Só que nada disso me impede de desfrutar novos ares.

É hora de cair na estrada. Um novo ano me espera. Com novas histórias. Novas pessoas. Novos começos. Quem sabe recomeços. Amores novos.  Requentados.  Inusitados. Surpreendentes. Seja do tipo que for. Eu vou lá viver e não tenho hora para voltar. Não estou a espera do  sapato de cristal .  Muito menos de mentiras sinceras por mais irresistíveis que sejam.

Fui!

Diários de Bluu

Olá Carpinteiros do Universo

Tudo bem com vocês?




Hoje venho inaugurar um novo espaço no Blog: Diários de Bluu. Quem é Bluu? Meu nome é Bruna.Mas o meu primeiro namorado sabia o quanto eu era fã do Aerosmith e resolveu me apelidar carinhosamente com uma música deles, Jaded.

 Em uma parte da música há um trecho que diz: My Baby  Blue. O que significa triste. Adoro a cor azul assim como a minha solidão. Por não ser como um Smurf e Bluu ter mais coisas em comum com  Bruna ou pode ser que nada esteja fazendo sentido para você, leitor, Ok ! Meu apelido é Bluu. 

Não sabe qual de que música estou falando?  Não tem problema, aqui vai o link:Jaded- Aerosmith

Por que escrever um diário? Estou passando por uma porção de coisas nestes últimos tempos. Fiquei me questionando qual seria a forma mais agradável de por tudo isso no papel?  Quantos meninos e meninas também estão passando pelas mesmas coisas ou semelhantes.  Quantas pessoas podem se identificar com os meus episódios. Até o o ponto que possamos de fato nos escutar e quem sabe trocar ideias.  Resolvi deixar de lado a vergonha de me expor ou o receio de me colocar. Os fatos e as pessoas tem um pouco de realidade com alguns toques de ficção. Como sempre desde as minhas crônicas e em tudo que escrevo nomes serão preservados assim como detalhes que poderiam comprometer as partes envolvidas. 

O objetivo é desabafar. Poder transbordar tudo que parece não caber mais dentro de mim. Segredos, eventos, tristezas, momentos de insanidade e tantas outras coisas que estão fazendo a minha cabeça e balançando meu coração nos últimos meses. Depois de estar passando por um mês na fossa e achar que esta não teria mais fim nesta última semana.   Pelos momentos chorados em frente ao mar. Pela maravilhosa maratona da série Sex in The City que além de estar me fazendo companhia, me ajudando a superar. Sessões de terapia, conversas com amigos, saídas a noite, imersão em boa música, apoio da  família etc l Talvez o mais complicado, mas também o  essencial. Resgatar o amor próprio. 

Ter um coração partido. Doí.  Raiva.  Medo. Tristeza. Confusão. Bobagens pensadas. Alguns atos impulsivos. Além disso ter a confirmação quase sádica daquele alguém que foi embora. O mesmo que você rezou por estes meses todos. Aquele mesmo menino pelo qual você teve tantas idas e vindas. O mesmo cara que você achou que era apenas uma questão de tempo para dar certo. Uma hora ou outra as coisas iam encontrar o seu destino.  Aí vem a vida e te vira de cabeça para baixo. Este alguém encontrou outro para chamar de seu.  Mais raiva. Mais tristeza. Mais confusão. Mais bobagens. Mais atos impulsivos. Se ter um coração partido não bastasse. Nutrir um amor perdido parece crueldade.  Agora ser trocada por uma menina totalmente nova. Em todos os sentidos. Se sentir como uma lata de ervilha amassada na prateleira do supermercado.  Este alguém passa por lá e e escolhe a lata de ervilha nova em folha. A que  não está amassada.  O que posso dizer para você que está passando por isso também? CURTA A SUA FOSSA O MÁXIMO QUE PUDER.

Não tenha pressa em encontrar uma outra pessoa. Não substitua um amor que não deu certo por uma outra pessoa apenas para esquecer. Um novo amor não cura o antigo do dia para noite.  Se ele (a) fez isso de uma hora para outra como no meu caso,o problema é deles . Só o tempo dirá se é amor,  Ficar obsessivo em substituir pessoas só provará o quanto somos carentes e solitários. Precisamos aprender a nos amar. A resgatar a nossa auto estima A cuidar da gente. Só assim seremos amados, resgatados e cuidados. Lembre-se que ninguém morre de coração partido. Por isso se deixe sofrer. Não reprima os seus sentimentos. Não engula mágoas e nem sapos. Chore o quanto achar necessário. Ache uma forma de extravasar os seus sentimentos seja escrevendo, dançando, cantando, praticando um esporte. Pense em algo que lhe dê adrenalina,  desocupe a sua mente o deixe plenamente satisfeito. 

 O tempo para esquecer alguém é relativo.  Assim como o tempo para encontrar um novo alguém. Por isso permita-se ficar sozinho. Aprenda a ser sua melhor companhia.

Isso é um pouco do que irão encontrar nos meus diários. Uma superação de uma pessoa especial.Pela qual ainda tenho muito açúcar  e afeto. Só o tempo irá dizer se iremos nos esbarrar ou não.  Mas tenho consciência que neste momento preciso cuidar de mim. Ninguém merece alguém que nos roube a paz.  Por isso aprender a se amar é um ato necessário para que possamos de fato aprender a amar o outro.

Primeira Leitura de 2017:




Primeira Leitura do Ano:  O Bebê  de Bridget Jones: 

Os Diários

Livro: O bebê de Bridget Jones: Os diáriosSérie: Bridget JonesAutor: Helen FieldingEditora: ParalelaPáginas: 208Tradução: Alexandre Boide


  Para quem acompanha a trajetória de Bridget Jones  e super se identifica como ela. Vai amar o quarto o livro da série.  Por mais que este na realidade esteja na ordem cronológica errada  já que o Louca Pelo Garoto já saiu há algum tempo.  Neste mostra a nossa protagonista no futuro.O filho  mais velho e alguns outros desfechos que devem ficar a cargo do leitor para evitar surpresas.

  Os Diários  revelam a gravidez e as peripécias de nossas heroína neste período.  Pode confundir um pouco para quem já assistiu a trama no cinema. Já que nas telinhas não contamos com a presença de Daniel Claver, ele é substituído por outro personagem. O que para mim perde todo o sentido. Mas como  geralmente os livros são melhores do que suas adaptações cinematográficas. 

Com isso, vale muito a pena ler o Diário. Afinal aqui sim você irpa acompanhar de pertinho a dúvida cruel que assombra Bridjet. Quem é o pai do bebê?  Mark ou Daniel?

  Devorei o livro em menos de três dias e já se tornou um dos meus queridinhos. Afinal assim como ela, qual menina não sonha em ser disputada pelos dois cara da sua vida? Minha torcida sempre irá para Mark Darcy. Afinal ainda almejo esbarrar com um exemplar dele em algum momento da vida. Alguém nerd, esforçado, sarcástico, sem o dom para paquerar, mas que carrega um bom e gigante coração. De quebra tem o seu charme único, é louco pela mocinha mesmo que os ventos soprem ao contrário.

  Se você quer iniciar 2017 com uma leitura engraçada, tocante e sexy. Corra.  Vá atrás do livro e depois não perca a oportunidade assistir o filme.Por mais que ele não seja fiel a história. Rende lágrimas e faz com  que a gente sempre se ache  um pouquinho ou um bocado como BRIDGET JONES.




Primeiro Texto 2017: Milgalhas

Migalhas




  Você matou os meus sentimentos.  Não foi em legítima defesa. Foi por orgulho.  Pura maldade. Um coração egoísta capaz de compreender a palavra . Nós.

   Enquanto assistia ao massacre de qualquer esperança de ter você de volta. Fui embora.  Antes que enlouqueça. Sair de perto.  Me afastar de qualquer vestígio que pudesse sentir. Saudade.  De casa.  De como eu gostava da minha versão ao seu lado. De casa. De tudo que perdi por levar  os meus instintos mais bestas e carnais para passear.

  Recebo em troca.  Silêncio. Você acha que bloquear lembranças é a melhor forma de fugir do passado.  O que recebe em troca. Insônia. Noites em claro. Remédios para dormir.  A cabeça insiste em tentar esquecer tudo o que  faz o coração pulsar. É  o  meu rosto que você enxerga quando adormece. É a nossa risada rindo junta  que te desperta.  Infinitas lembranças que nos assombram.

  Nos impendem de seguir em frente. Embarcar em um novo romance. Se deixar levar nem que seja por um amor de verão.  Estamos presos. Mesmo distantes. Parece que nada  muda por aqui. Desde a sua partida. Todos os dias parecem finais de domingo. Tédio.  Buscar os mesmos esconderijos.  Tentar esquecer em uma garrafa de vinho.  Matar as esperanças em um passatempo qualquer.  Tentativas em vão. Esquecer um grande amor leva tempo . Pode levar uma existência inteira.

  Mas você continua aí. Matando os meus sentimentos sem ser atacado.   Não é legitima defesa.  É por você mesmo. Pelo efeito  causado. Amor deixado na mesa. Palavras malditas.  Noites insones.  O  que nos tornamos.  Estranhos. O que poderia ter sido. Pelo que foi vivido.  O que  deixou de ser. Somos o que deixamos de ser.  Produto de um amor falido. Close para o fim.


  O que resta.  Saudade. Vontade louca de mim mesma.   Mente inquieta.  Cafeína.  Tardes de domingo.  Migalhas. 

Lista: 20 Melhores coisas de 2016





1.Reiniciei o processo de psicoterapia, item essencial que deveria estar na lista de coisas obrigatórias a serem realizas por qualquer pessoa.
2. Encontrei João Ricardo Würch Selbach do qual tenho a impressão já ter conhecido antes. Tenho o prazer de ter alguém que escreve com tanto talento, sensibilidade verdade querer dividir um pouco disso comigo. Ganhei um parceiro literário, um amigo leal e uma pessoa extraordinária.
3. Ingressei no Comitê de Psicologia Transpessoal que fez resgatar a humanidade, o sentido da vida e a espiritualidade na psicologia.
4. Voltei a buscar a minha espiritualidade, me reaproximei do espiritismo e resgatei a minha fé.
5. Trabalhei apenas no que amo, meu tempo dividido entre a clínica e a escrita. Trabalhar no que traz sentido na sua vida e não por obrigação é uma benção.
6. Lancei meu segundo livro Drops de Menta de crônicas pela Editora Kázua.
7. Conheci pessoas extraordinárias, fiz amigos fantásticos, reencontrei amigos.
8. Fui autora destaque 3 vezes pela revista Obvious.
9. Investi em uma oficina literária maravilhosa que me fez descobrir novos estilos, caminhos da minha escrita.
10. Fui na despedida do Sabbath,dei um até logo para o meu ídolo Ozzy.
11. Saí de um relacionamento estagnando e dei um chute na minha zona de conforto.
12. Aprendi a me divertir sozinha, a gostar da minha companhia.
13. Escrevi muito, tive a certeza que que dá para ser duas, três coisas e quantas a gente quser nesta vida. Só não para não levar nossos instintos para passear de vez em quando.
14. Estou aprendendo a ser mais dona do meu nariz e deixar que os outros me governem um pouco menos
15. Descobri na marra que solidão não se cura com aspirina, que ninguém morre de coração partido e que todos os tombos e infernos astrais são necessários.
16. Vou acabar o ano solteira depois de muito tempo e feliz.
17. Vi muitos filmes bons, comecei a assistir muitas séries legais e estou viciada em Sex in the City.
18. Comecei a trabalhar em dois lugares fanáticos.
19. Escutei muita música boa, conheci novos artistas e me tornei bem mais eclética.
20. Por fim,2017 foi um ano intenso, repleto de altos e baixos. Aprendi que as crises fazem partes. Que a gente nem sempre fica com o amor da nossas vidas. E que pode ser clichê, mas um dos melhores remédios da vida é o tempo.

Listas; Livros 2016

Olá Pessoal,

Tudo bem com vocês?

Primeiro post de 2017, novinho em folha. Aqui vai a primeira lista deste ano com os livros lido em 2016. Os que estão em negrito são os que super recomendo. Depois vou  escrever a lista dos cinco melhores livros de 2016,

Beijos e um ótimo ano para todos nós 2016



  1.  A Seleção-  Kiera  Cass
  2. A Elite- Kiera Cass
  3. A Escolha- Kiera Cass
  4. A Herdeira- Kiera Cass
  5. Auggie e Eu-R.J Palacio
  6. Louca pelo Garoto- Helen Fielding
  7. Um + Um- Jojo Moyes
  8. Ridículas Cartas de Amor- Márcia Dantas e Colaboradores
  9. A Sorte do Agora- Mathew Quick
  10. Um Best Seller para Chamar de Meu-Marian Keyes
  11. Pimentas- Rubens Alves
  12. O Quarto de Jack-  Emma Donogue
  13. Anexos- Rainbow Rowell
  14.  Fun Girl- Rainbow Rowell
  15. Objetos Cortantes- Gillian Flynn
  16. Em Busca de Audrey- Sophie Kinsella
  17. Alta- Fidelidade- Nicki Hornby
  18. Revival- Stephen King
  19. Quase uma Rock Star- Mathew Quick
  20. Deixe a Neve Cair- John Green , Maureen Johnson, Lauren Myracle
  21. Will e Will-  John Green, David Levithan
  22. A Grande Magia- Elizabeth Gilbert
  23. Não se Iluda Não- Isabela Freitas
  24. O que Há de Estranho em Mim-Gayle Forman
  25. Tá Todo Mundo Mal- Jout Jout
  26. Melancia- Maryan Keys
  27. Férias- Maryan Keys
  28. Los Angeles- Maryan Keys
  29. Qual é o Seu Número?- Karyn  Bosnak
  30. Mr Mercedes- Stephen King