Depois de uma semana
regada à fossa, caminhadas e pensamentos
a respeito de você e seu novo par. Resolvi dar um pontapé na
tristeza. Será que todos nós precisamos
levar um tapa na cara? Tomar um choque de realidade para sair da zona de
conforto?
Poderia passar mais
alguns dias me pondo para baixo. Mas me dei o prazo de uma semana. Chorei em
frente ao mar. Mandei indiretas com músicas no facebook. Escrevi e-mails. Pronto.
Vai passar. Só mais alguns dias. Passou.
Preciso olhar para fora. Há muita estrada para percorrer. Não é o final do túnel. Só o tempo irá dizer
qual será o desfecho do novo romance do meu ex. Se irá vingar ou não. Mas isso
não pertence. Não mais. No meu caso é hora de seguir em frente. Bloquear qualquer
tipo de contato. Evitar recaídas. Baixei um aplicativo. Destes que rastreia
pessoas no caso garotos que estão solteiros ou disponíveis pela região. Nunca fui
muito fã disso. Mas não tenho nada a perder.
Algumas mensagens trocadas. Informações
compartilhadas. Interesse mútuo. Encontro marcado.
O primeiro encontro
depois da tantas idas e vindas. Quantas bobagens
passam pela nossa cabeça antes de fato aceitar um convite para conhecer alguém?
O velho e conhecido medo da rejeição. De
ser deixada esperando. De levar um fora.
Da pessoa não ir. De não ser compatível. No meu caso sou obcecada pelo meu
peso. Por mais que me esforce é complicado manter os ponteiros da balança
parados. Estou lutando veemente para ficar melhor. Mas na realidade o que sempre penso é que a pessoa que irá sair analisar a minha
aparência. Tolice a minha. Eu fã de personalidades, boa conversa e essência. Me
deixo levar pelo meu medo de estar sempre acima do peso. Como se fosse apenas
os algarismos da balança Mas no meu caso me preocupo com a imagem que passo. Troco
de roupas muitas vezes. Bate um pouco a
ansiedade. Carregamos alguns fantasmas
na nossa bolsa de mão. O meu é a minha autoestima que de auto é só o nome
mesmo. A coitada tem seus altos e baixos e acaba me sabotando. Decidi que hoje
iria ser diferente.
Estava em um ótimo dia
para conhecer alguém. E quem diria que seria
um cara lindo. Digo tanto de essência quanto de aparência. Foi reciproco. Precisava sair com alguém. Dar
um up no meu humor. Varrer as histórias
antigas. Recomeçar. Pode ser que tenha sido um beijo apenas. Um primeiro e bom
encontro. O que importa não é o
desenrolar. Se terá futuro. Se iremos
ficar noivos em Paris ou se ele irá partir o meu coração já tão partido. Queria
me sentir viva. Atraente. Desejável. Capaz de sentir atração por outras
pessoas. Me sentir inteira. Acredito que
virar a página leva tempo. Este não é medido pelos ponteiros do relógio. É interno. Particular. O meu é encarar cada dia aos poucos. Me permitir
sentir o que tiver que ser sentido. Saudade. Medo. Confusão. Raiva. Só que nada disso me impede de desfrutar
novos ares.
É hora de cair na
estrada. Um novo ano me espera. Com novas histórias. Novas pessoas. Novos começos.
Quem sabe recomeços. Amores novos.
Requentados. Inusitados. Surpreendentes.
Seja do tipo que for. Eu vou lá viver e não tenho hora para voltar. Não estou a
espera do sapato de cristal . Muito menos de mentiras sinceras por mais irresistíveis
que sejam.
Fui!
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